
DEIXA A GENTE ERRAR!
Na construção dessa “nova escola” as famílias precisam dar as mãos à comunidade escolar
Não adianta cobrar um serviço impecável alegando “mensalidade alta”. Tem que bancar o erro “controlado” da escola e entender que ele é tão rico quanto qualquer outro aprendizado programado e previsto no currículo. Tem que entender que a equipe pedagógica e de apoio é nota 10 e que vai tirar de letra o que quer que aconteça.
A operação da “boa escola” é tão redondinha e impecável que virou símbolo de profissionalismo – “eles sabem o que estão fazendo”. Aí tudo vira um circo: só vamos fazer o que temos certeza! Só vamos repetir o espetáculo exaustivamente ensaiado – como se o improviso não pudesse ser também um belíssimo espetáculo; “É melhor a gente não tentar isso. Não sabemos se vai funcionar”; “Se tivermos qualquer problema com essa sua ideia aí você já viu, né? Os pais ligam aqui na hora”.

O palhaço é a figura que mais improvisa no circo. É ele que interage com a platéia sem saber quem vai encontrar por ali. Ele aparece entre um “espetáculo” e outro, como que para tomar o tempo das pessoas enquanto o próximo artista se prepara – e a equipe vai mudando o cenário. Mesmo assim, o símbolo do circo é justamente o PALHAÇO!
Quanto mais a família cobra solidez e familiaridade de processos em um ambiente escolar, mais a escola se engessa e mais distante ela fica das novas gerações. Precisamos entender que na senda da inovação somos ETERNOS AMADORES e que está tudo bem! Precisamos ensinar às crianças que o fracasso faz parte da vida e que a virtude está em saber o que fazer com ele, e não em ser capaz de evitá-lo a qualquer custo.
Vamos evitar as lágrimas diárias de adolescentes que acreditam que estão “fracassando” e que nada entenderam sobre “aprendizado”. Vamos curar as crianças do stress e da depressão precoce!
Entre os malabares e o elefante que se equilibra em uma perna só, precisamos permitir que o palhaço conduza o espetáculo: “as crianças adoram”.
#noseducamosjuntos #